quinta-feira, 25 de abril de 2013

A HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA: A LINGUA DE TODOS – parte 2

Em cerca de 1440 surgiu uma invenção que iria revolucionar a comunicação: William Caxton inventou a printing press, ajudando a desenvolver uma forma padrão de grafia e pronúncia e em 100 anos textos e impressões seriam uniformes, embora grafia e pontuação permanecessem irregulares até o século XVII. O próprio Caxton usou a região de Londres como base para as suas traduções e formas de grafia, e esta escolha do inglês falado no sudeste da Inglaterra e da crescente importância da cidade de Londres deu ao dialeto do sudeste uma importância especial que existe até hoje. Uma firme distinção poderia ser feita atualmente entre o inglês provincial e o central, correspondendo ao inglês regional e ao padrão. No período entre 1480 e 1650, conhecido como Renascença, entre muitos escritores e poetas expressivos, encontramos Shakespeare (1546-1616), que foi responsável por botar no papel um formidável número de novas palavras e expressões. Ele também ampliou o uso de várias palavras já existentes, adicionando-lhes prefixos e sufixos. Hoje em dia considera-se que uma pessoa com boa instrução tem cerca de 15 a 20 mil palavras a sua disposição, enquanto Shakespeare tinha inacreditáveis 30 mil. Pondo as palavras no papel, elas passaram a circular e assim começaram a se integrar à língua. Enquanto isso a ciência, a medicina e as artes precisavam de meios de expressão mais específicos, e outros escritores passaram a tomar amplamente empréstimos do latim, do grego, do francês, do italiano, do português além de também usarem palavras de línguas nativas da América, da África e da Ásia, somando assim mais de 50 línguas. FONTE: SCHUMACHER, WHITE & ZANETTINI. Guia de Pronúncia do Inglês para Brasileiros. Editora Campus

segunda-feira, 22 de abril de 2013

A HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA: A LINGUA DE TODOS – parte 1

Geoffrey Chaucer é mais lembrado pela sua obra-prima Os Contos da Cantuária, escrita em 1344, marcada pela sua rica percepção do dia-a-dia e das características das pessoas da época. Mas somente duas gerações após a sua morte aconteceu na Inglaterra o que ficou conhecida como a grande mudança das vogais, na qual as sete vogais longas do inglês passaram a ser cinco. Essa mudança fundamental na pronúncia costuma marcar a transição entre o inglês médio e as origens do inglês moderno. O efeito dessa mudança de pronúncia na mais importante obra de Chaucer, escrita em forma de poesia, foi uma alteração radical no andamento e no ritmo que ele havia incorporado usando a forma antiga. A obra deve ter soado um tanto sem sal e sem açúcar para esta nova geração de falantes de inglês. Aqui temos como exemplo uma frase do inglês inglês moderno ‘So it is time to see the shoes on the same feet now’ comparada ao seu equivalente anterior à mudança das vogais ‘Saw it is team to say the shows on the sarm fate noo’ (Agora é a hora de ver os sapatos nos mesmos pés). A presença de várias vogais mudas no fim de palavras como “name” (nome) surgiram da mudança da pronúncia, que não foi seguida pela mudança da grafia (originalmente, “name” era pronunciada com duas sílabas, como acontece em “farmer” (fazendeiro)). O resultado disso foi um aumento da distância existente entre o que era escrito e o que era falado. Essa mudança significativa na pronúncia não teria um efeito tão profundo em outra obra bastante influente, escrita em forma de prosa em 1384: a tradução da Bíblia feita por John Wyclif. Essa tradução trouxe mais de 1000 palavras latinas para a língua inglesa. FONTE: SCHUMACHER, WHITE & ZANETTINI. Guia de Pronúncia do Inglês para Brasileiros. Editora Campus

sexta-feira, 19 de abril de 2013

INFLUÊNCIAS – O FRANCÊS

Os eventos de 1066, a invasão do rei francês William, o Conquistador e a transformação da sociedade inglesa, teriam uma influência muito mais marcante sobre a língua do que qualquer outro evento. O inglês utilizado antes de 1066 é conhecido como Old English (Inglês Arcaico), a invasão francesa foi a precursora do período da história da língua inglesa conhecido como Middle English (Inglês Médio). Para começar, o francês assumiu o controle absoluto quando Barões, Bispos e Abades falantes de francês tomaram posse. O francês, juntamente com o latim, se tornou a língua legal e era a língua oficial nas cortes. Talvez tenham acreditado que o inglês seria destruído com a chegada do francês, mas não foi assim que aconteceu. O motivo mais provável para a sobrevivência do inglês foi a inevitável necessidade de comunicação. O inglês foi considerado uma língua atrativa, ao em vez de ser destruído, se fortaleceu e voltou à tona com mais de 10.000 palavras novas. Por volta de 1425 o inglês estava presente em todas as camadas da sociedade em forma falada e escrita. É verdade que muitas palavras do Inglês Arcaico haviam se perdido, mas muitas outras co-existiam ou mudaram de significado. Se nos imaginarmos no castelo de um nobre francês, podemos achar o inglês na cozinha preparando pig (porco) e cow (vaca) para serem servidos na mesa dos lordes franceses como pork (carne de porco) e beef (carne bovina). É interessante imaginar o quanto Robin Hood e seus alegres homens entendiam da nova linguagem da nobreza enquanto rodeavam a floresta de Sherwood procurando freis gordos e tesouros do rei em trânsito. Outros exemplos da co-existência de palavras são: house (casa – Inglês Arcaico) e mansion (casa-francês) e wish (desejo – Inglês Arcaico) e desire (desejo – francês). É claro que o latim também oferecia alternativas e desta forma tem-se o surgimento de um grande número de sinônimos e de um impressionante núcleo de vocabulário. Inglês Arcaico Francês Latim ask (perguntar) question (questionar) interrogate (interrogar) time (tempo) age (era) epoch (época) FONTE: SCHUMACHER, WHITE & ZANETTINI. Guia de Pronúncia do Inglês para Brasileiros. Editora Campus

terça-feira, 16 de abril de 2013

INFLUÊNCIAS – OS VIKINGS

O ano 750 marca o começo de outra turbulenta e penetrante influência na língua inglesa, a invasão dos povos escandinavos conhecidos como vikings. Essas invasões continuaram por 300 anos, e se não fosse pela existência do Rei Alfredo, o Grande (um nome bem apropriado, por sinal), o inglês talvez tivesse sido completamente engolido pela língua dos vikings. O Rei Alfredo impediu que os invasores controlassem o país inteiro e, mais importante que tudo, garantiu a sobrevivência da língua inglesa restaurando escolas e monastérios e colocando o inglês no lugar do latim como língua de educação. Com a co-existência de dois povos, surgiu a necessidade óbvia de comunicação e um processo de simplificação teve início. O surgimento do verbo to be (ser, estar) foi fundamental para essa mudança e junto com ele vieram cerca de 1800 palavras que definitivamente ou provavelmente são de origem escandinava, como give (dar), both(ambos), same(mesmo), they(eles), them(os, as, lhes), their (deles), get (pegar), wrong (errado), leg (perna), want (querer), skin (pele). take (pegar), window (janela) e sister (irmã). Também haviam várias palavras similares às anglo-saxãs que criavam alternativas ou ofereciam diferenças sutis: Inglês Escandinavo rear a child (criar uma criança) raise a child (criar uma criança) wish (desejar) want (querer) craft (habilidade) skill (habilidade) FONTE: SCHUMACHER, WHITE & ZANETTINI. Guia de Pronúncia do Inglês para Brasileiros. Editora Campus

sábado, 13 de abril de 2013

INFLUÊNCIAS – O LATIM

A primeira grande influência do latim sobre a língua inglesa veio com a chegada de Santo Agostino em 597 d.C., trazendo o cristianismo para a Grâ-Bretanha. Mais de 400 “novas” palavras foram introduzidas e sobrevivem até hoje no inglês. O latim causou um rejuvenescimento na língua inglesa e em muitos casos, além de adicionar palavras novas a ela, levou à criação de palavras alternativas, como por exemplo a possibilidade de escolha entre spirit (do latim) e ghost. A palavra phantom (fantasma) apareceria muitos séculos depois também como uma opção para ghost. Exemplos de palavras novas baseadas no Latim foram: anchor (âncora), angel (anjo), chalice (cálice) e elephant (elefante).

FONTE: SCHUMACHER, WHITE & ZANETTINI. Guia de Pronúncia do Inglês para Brasileiros. Editora Campus 

terça-feira, 9 de abril de 2013

A HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA


FONTE: SCHUMACHER, WHITE; ZANETTINI. Guia de Pronúncia do Inglês para Brasileiros. Editora Campus
O que é exatamente a língua inglesa e porque ela tem essa estranha mistura de grafias e formas de pronúncia ainda mais estranhas e por vezes até contraditórias? Esta deve ser a pergunta feita por milhares de pessoas que por inúmeras razões começam a aprender esta língua. Para melhor responder a esta pergunta, vamos dar uma olhada na sua história, começando com a chegada dos indo-europeus, conhecidos como Celtas, na Grã-Bretanha.

A CHEGADA DOS CELTAS
FONTE: SCHUMACHER, WHITE; ZANETTINI. Guia de Pronúncia do Inglês para Brasileiros. Editora Campus 
Este povo teve a sua origem há 7000 anos e, com a descoberta da roda, começou a viajar para o leste e para o oeste, partindo do centro da Europa, entre os anos de 3500 e 2500 a.C. Depois de chegarem à Grã-Bretanha, lá permaneceram durante 2000 anos, quase sem serem incomodados. E o que tem a língua dos Celtas? Bem, apesar da invasão dos romanos em 55 a.C. e da sua razoável estadia de mais de 500 anos, a língua dos Celtas foi muito pouco modificada. É verdade que muitos Celtas foram forçados a ir para a Escócia, para o País de Gales, para a Cornuália e para a Irlanda, mas ainda havia um número suficiente de pessoas que ficaram para trás e cujas vidas passaram a se misturar com as dos Romanos. Tudo o que resta do Latim falado naquela época são os nomes de alguns lugares, como Chester, Manchester and Winchester, que vieram da palavra ‘castra’, que significa campo. Os romanos partiram, e seria a chegada dos ferozes povos germânicos chamados anglo-saxãos que iria plantar as primeiras sementes da língua inglesa. Eles encontraram uma certa resistência dos antigos bretões. Da língua deles restaram nove palavras dentro da língua inglesa, sendo que a maioria delas se referem a acidentes geográficos, como combe, que significa um vale profundo, e crag usada para descrever uma montanha. Também temos as palavras cross (cruz) e bin (lata).