segunda-feira, 22 de abril de 2013

A HISTÓRIA DA LÍNGUA INGLESA: A LINGUA DE TODOS – parte 1

Geoffrey Chaucer é mais lembrado pela sua obra-prima Os Contos da Cantuária, escrita em 1344, marcada pela sua rica percepção do dia-a-dia e das características das pessoas da época. Mas somente duas gerações após a sua morte aconteceu na Inglaterra o que ficou conhecida como a grande mudança das vogais, na qual as sete vogais longas do inglês passaram a ser cinco. Essa mudança fundamental na pronúncia costuma marcar a transição entre o inglês médio e as origens do inglês moderno. O efeito dessa mudança de pronúncia na mais importante obra de Chaucer, escrita em forma de poesia, foi uma alteração radical no andamento e no ritmo que ele havia incorporado usando a forma antiga. A obra deve ter soado um tanto sem sal e sem açúcar para esta nova geração de falantes de inglês. Aqui temos como exemplo uma frase do inglês inglês moderno ‘So it is time to see the shoes on the same feet now’ comparada ao seu equivalente anterior à mudança das vogais ‘Saw it is team to say the shows on the sarm fate noo’ (Agora é a hora de ver os sapatos nos mesmos pés). A presença de várias vogais mudas no fim de palavras como “name” (nome) surgiram da mudança da pronúncia, que não foi seguida pela mudança da grafia (originalmente, “name” era pronunciada com duas sílabas, como acontece em “farmer” (fazendeiro)). O resultado disso foi um aumento da distância existente entre o que era escrito e o que era falado. Essa mudança significativa na pronúncia não teria um efeito tão profundo em outra obra bastante influente, escrita em forma de prosa em 1384: a tradução da Bíblia feita por John Wyclif. Essa tradução trouxe mais de 1000 palavras latinas para a língua inglesa. FONTE: SCHUMACHER, WHITE & ZANETTINI. Guia de Pronúncia do Inglês para Brasileiros. Editora Campus

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